sábado, 4 de junho de 2011

Curiosidades

Digitalis purpurea L. - DEDALEIRA


Nome científico: Digitalis purpurea L. 

Histórico da Substância
Antigamente a Digitalis era utilizada em vários processos patológicos como estados edematosos, tônico, inchaço nos nódulos linfática sendo provavelmente uma forma de tuberculose, tumor, entre outros. Logo ficou claro que a dedaleira exercia uma ação direta no músculo cardíaco e era benéfica na maioria dos tipos de insuficiência cardíaca. Com o isolamento dos constituintes ativos da planta, relataram que os constituintes principais de Digitalis, a digoxina eram as verdadeiras estruturas ativas. No início do século, com resultado do esforço do trabalho de vários pesquisadores, foi possível a elucidação estrutural e esclarecimento do perfil farmacológico dos glicosídeos digitálicos, mas apenas nos últimos 70 anos é que se definiu claramente seu emprego, a despeito de seu baixo índice terapêutico, como a classe de medicamento de eleição para o tratamento de insuficiência cardíaca congestiva, com a Digoxina figurando entre os fármacos mais prescritos na terapia cardiovascular em todo o mundo.
Digoxina pertence ao grupo dos glicosídeos digitálicos, os quais exercem efeito inotrópico positivo, isto é, aumentam a força de contração do miocárdio. Na insuficiência cardíaca congestiva, suas respostas benéficas são débito cardíaco aumentado, pressão venosa e volume sangüíneo diminuídos, tamanho do coração diminuído, redução do edema e aumento da diurese.

<!--[if !supportLineBreakNewLine]-->
<!--[endif]-->
Emprego Terapêutico
Os heterosídeos cardioativos são recomendados para o tratamento da insuficiência cardíaca congestiva (ICC), geralmente em associação a diuréticos, em particular, quando existem uma fibrilação auricular; na profilaxia e tratamento de algumas arritmias como fibrilação atrial, flutter atrial, taquicardia atrial paroxística e ainda, no tratamento de choque cardiogênico, especialmente quando é acompanhado de edema pulmonar. A Digoxina não reduz a mortalidade total, mas diminui a taxa de hospitalização geral juntamente com a redução de internações devidas á insuficiência cardíaca.

Reações Adversas
A dose terapêutica é próxima da dose tóxica, por isso 5% a 20% dos pacientes apresentam sinais e sintomas de intoxicação. Podem ocorrer os sintomas a seguir.
• Distúrbios gastrintestinais como anorexia, náusea, vômito, dor abdominal e diarréia.
• Distúrbios neurológicos como fadiga, depressão, cefaléia, sonolência, letargia, fraqueza, neuralgia, pesadelos, inquietação, confusão, vertigem, desorientação, mudanças de personalidade e, raramente, alucinações e outras reações psicóticas.
• Distúrbios oculares como fotofobia, midríase, percep-ção modificada da cor, redução da acuidade visual e, raramente, cegueira temporária.
• Disfunção sexual como ginecomastia.Pode ocorrer ainda sudorese e reações de hipersensibilidade.

GOODMAN, Louis S., GILMAN, Alfred. As bases farmacológicas da terapêutica. 9. ed. Rio de Janeiro : McGraw-Hill, 1996. 

Digitalis Purpurea. Planta Med. Disponível em: <http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Digitalis_purpurea.htm>


Digoxina relacionada a maior risco de câncer de mama

Mulheres fazendo uso de digoxina têm um risco aumentado de câncer de mama, segundo um estudo com mais de 2 milhões de dinamarquesas.
Quimicamente, o agente inotrópico digoxina lembra o estrógeno e é conhecido por ter efeitos muito parecidos com os do hormônio. Esse fato levou pesquisadores a investigar se, como o estrógeno, ele também pode aumentar o risco de câncer em mulheres mais velhas.
Num artigo no Journal of Clinical Oncology, os autores reportaram que cerca de 2% das mulheres que fizeram uso de digoxina em algum momento do estudo eventualmente desenvolveram câncer de mama.
O estudo não mostra que de fato a digoxina leva a câncer de mama em algumas mulheres. E mesmo que isso ocorra, os benefícios cardíacos podem compensar o risco, disseram os pesquisadores no artigo. Portanto os achados não significam que as mulheres devem evitar a digoxina, disse Lash. As mulheres usando a droga “estão recebendo digoxina porque elas já têm uma doença crônica razoavelmente séria”, explicou.
Digoxina relacionada a maior risco de câncer de mama. Revista Onco. 2011. Disponível em: <http://revistaonco.com.br/noticias/digoxina-relacionada-a-maior-risco-de-cancer-de-mama/>

Intoxicação  por  medicamentos
As intoxicações por medicamentos são indiscutivelmente, o maior percentual de notificações de agravo à saúde registrados nos grandes centros urbanos, representando cerca de 40 a 70% do total de casos e com elevado número de mortes ou complicações clínicas graves. Nesse contexto estão alocadas as drogas:
1º. lugar = analgésicos/ antitérmicos/ Antiinflamatórios
2º. lugar = antidepressivos e estimulantes
3º. Lugar = cardiovasculares
Cardiotônicos
Digoxina e Digitoxina são medicamentos reconhecidos pelo seu baixo índice terapêutico e pela dificuldade de manter suas concentrações em níveis estritamente terapêuticos. Quando em alta dose causam a chamada intoxicação digitálica, que se agrava no distúrbio eletrolítico com hipopotassemia ( K+). Na intoxicação por medicamentos cardiovasculares o evento pode ser evidenciado por alterações no ECG, por dosagem de eletrólitos no soro e dosagem do próprio fármaco no sangue.

Intoxicação por Medicamentos. Portal Educação. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/521/intoxicacao-por-medicamentos>


Postado por Lara Pereira

Outros nomes populares: digital, erva-deda, digitalis, dedaleira. 
Constituintes químicos: glicosídeos: purpureaglicosídeos A e B. 
<!--[if !supportLineBreakNewLine]-->

<!--[endif]-->